quarta-feira, 26 de maio de 2010

To be continued: um padrão americano

           Há muito tempo que o cinema americano está caindo em um padrão que é fazer filme baseado em um livro; ou continuação de um filme de sucesso; ou ainda remake de um filme também de sucesso.
          E porque isto está acontecendo com tanta frequência? Simples, pelo custo de uma produção. Hoje um filme considerado de baixo orçamento custa em torno de $30 milhões, ou seja, é um risco muito grande perder tudo por um filme que pode ser um fracasso e para minimizar essa possibilidade os estúdios recomendam este padrão.
          Especificamente no caso dos remakes há sempre a oportunidade de se conseguir um novo público de consumidores já que os filmes originais tem pelo menos mais de 15 anos.

Porque tantos remakes?

           Nos últimos tempos tenho lido muito sobre remakes (no sentido mais literal refilmagens), e tenho visto tanto comentários bons quanto ruins sobre essa onda de refilmagens. Infelizmente, os filmes, como todo o resto hoje em dia, deixaram de ser obras de arte para se tornarem produtos de venda e propaganda. Em outros tempos os diretores se preocupavam com a obra em si, se ela foi bem feita, bem produzida e tal.  
            Hoje juntamente com os executivos dos estúdios, eles se preocupam mais com quantas pessoas irão às salas de cinema e quanto dinheiro podem arrecadam expondo seus produtos e as marcas dos patrocinadores durante as cenas. O objetivo agora é produzir a maior bilheteria.
            Então é muito mais fácil fazer uma grande bilheteria com um filme que já fez sucesso anteriormente, do que se aventurar em uma nova "estória". Ou então usar filmes europeus ou independentes e fazer um remake.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

No Ar!

    


Retomando as atividades do meu blog, que infelizmente estava abandonado não só por falta de tempo mas também por um conglomerado de dúvidas que me rodeavam e estavam me impedindo de escrever de maneira agradável. Maaaaaaaaaaaaas tudo mudou e EU ESTOU DE VOLTA! 
Estou decidida a escrever sobre tudo que me agrada e desagrada!
Com ideias novas e em um novo momento da minha, aliás um momento muito BEM VIVIDO desde setembro do ano passado, porém hoje muito mais consolidado.
Em suma estou FELIZ, rodeada de pessoas que eu amo e que me amam!!!!!!
Espero que gostem do que verão! 
Beijos...
Fer Solon.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O Outro



Pelas manhãs Tiffany mantinha a mesma rotina, levava sua filhinha Mariana pra escola, e ia para a academia. Quando retornava da academia estacionava seu carro, no estacionamento do shopping mais próximo e lá o deixava, em seguida colocava um peruca de cabelos curtos e negros, e um sobretudo caramelo e dirigia-se para um furgão que lá já estava.

Seguiam para um motel na autoestrada, por lá ficavam em torno de duas horas, e retornavam ao estacionamento do shopping. Quando chega em seu carro, uma mulher loira pega em seu ombro e diz “Eu sei que você acabou de descer do furgão do Marcelo e quero dinheiro pelo meu silêncio” Tiffany em um estado de inconsciência e pavor, pega a carteira de sua bolsa e entrega todo o dinheiro contido à essa mulher.

Ainda extasiada, mas tentando disfarçar o pânico que estava sentindo retorna à escola de sua filhinha, chega em casa, e em seguida Fred, seu marido, chega e logo percebe o estado que sua mulher se encontra “Aconteceu alguma coisa Tiffany, porque você esta tão tensa” ela tentando esconder o acontecido “Nada Fred, apenas dor de cabeça, mas já tomei um remédio e logo e logo vai passar”

Sentindo grande remorso e culpa, pelo fato de trair seu marido, com o próprio funcionário da casa, ele se tranca no quarto, e repensa suas atitudes, percebendo que se Fred descobrisse ela perderia toda sua mordomia, todo seu status, sua mansão, e concluiu que o melhor a fazer seria terminar esse caso com Marcelo.

Pensou que aquela mulher era uma desconhecida qualquer que nunca mais apareceria em sua vida, era apenas uma mulher que havia a visto saindo do carro, e deduziu toda a história, ou pior ela poderia estar de complô com Marcelo, para tentar arrancar dinheiro dela.

Após muito pensar ela sai do quarto decidida a terminar tudo com Marcelo, quando encontra seu marido na sala dizendo que havia uma mulher no portão chamando por ela, nesse instante ela sente o coração acelerar, e bater descompassado, Tiffany tentou esconder ao máximo seu desespero para que seu marido não descobrisse.

Chegando ao portão realmente era a mesma mulher do estacionamento, a mulher avisa que estava precisando urgentemente de dinheiro, e a ameaçou dizendo “Ou você me arranja uma grana agora, ou eu entrego ao seu marido suas fotos entrando no motel com o Marcelo”. Tiffany retruca dizendo que não tem dinheiro naquele momento, e não teria como conseguir esse dinheiro, então a mulher exige a pulseira de ouro que estava no braço de Tiffany, mas ela explica que a pulseira é herança da família de Fred e nunca a tirou do seu pulso, mas diante da situação é obrigada a entregá-la.

Tiffany retorna a sua casa tentando esconder o pulso sem a pulseira, e ao ser questionada quando a quem era aquela senhora ela afirma “Era apenas a mãe de uma das crianças da escola da Marianinha, falando sobre uma festinha, coisas de mãe”. Nesse mesmo momento pede pra sua empregada ligar pro Marcelo, no pensamento dela queria terminar toda essa aventura desregrada com ele.

Na manhã seguinte, após a saída de Fred para o escritório de advocacia que trabalhava, Tiffany resolve tomar uma decisão quanto à pulseira sabendo que ele perceberia sua ausência. Ela liga para o escritório desesperada pedindo pra falar com ele, diz que foi assaltada e que precisava vê-lo, Fred pede que ela vá até ele para tomar todas as decisões quanto a isso.

No caminho pro escritório Tiffany arranha por várias vezes seu pulso, até que ele comece a sangrar, diz ao marido que foi assaltada na porta do banco por um trombadinha, que arrancou a pulseira do seu braço, e saiu correndo sem tempo pra que ela pudesse agir.

No momento em que Tiffany termina de contar sua estória ao marido percebe que a pulseira estava em cima de sua mesa, um calafrio e um torpor de desespero tomaram conta de tomo seu corpo, ela empalideceu, começa a gaguejar tentando explicar o inexplicável.

Fred senta em sua poltrona, respira fundo, e diz à Tiffany, “Aquela mulher que te ameaçou era uma detetive particular, que eu contratei. Mas fique tranqüila nada te acontecerá, nem escândalos, nem brigas, apenas quero que você vá até em casa pegue suas coisas e suma pra todo o sempre da minha vida. E não tente argumentar”.

Sem ter o que falar, ela deu meia volta, saiu, soluçando de tanto chorar, descabelada, abalada e desesperada foi até a casa onde eles moravam. Abrindo a gaveta do escritório Tiffany pega a arma que Fred guardava ali, caminha até o jardim da casa, onde Marcelo se encontrava, e dá um tiro à queima roupa nele, em seguida finaliza com a própria vida com um tiro na cabeça.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desejo



O beijo era fulminante,

ardente,

impetuoso

e o desejo arrebatador,

os corpos se entrelaçavam

quase se fundiam,

se contraiam,

se marcavam.

Perdidos em um torpor de insanidade,

pecado,

luxúria

e prazer.

O desejo era mais forte,

sobressaia à razão

e a lucidez.

A respiração tornara-se ofegante.

Já não tinham mais a noção

de tempo e espaço.

Ah! que sintonia

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Delírio


Não quero delirar,

Mas você tem esse efeito sobre mim.

Sem saber o que fazer...

Perco-me nos meus pensamentos e sentidos


Fer Solon

Sabe...



Se por acaso você me encontrar por aí,
meio distante, torcendo meus cachos e roendo as unhas,
é que eu estou pensando em algo melhor,
ou ainda, eu estou amando e isso é bem pior.
É que eu devo estar sonhando ou planejando uma beleza maior,
eu sei não é assim, mas deixa eu acreditar nessa verdade criada por mim e ser feliz.
Se você conseguir olhar em meus olhos, e através deles ver minh'alma,
ou uma luz bonita fica comigo,
senta do meu lado e fica comigo,
me faz feliz.
Sabe, eu...


Inspirado em "Por ai" composição de Cazuza e Frejat

Fer Solon